Oceanus

04 Dezembro 2020

Artigos de opinião

“O meu país é o que o mar não quer!”- Ruy Belo

                                                                         Oceanus

Na sua imensa adoração e encantamento pelo mar, Sophia de Mello Breyner descreveu a sua alma como maresia e afirmou que, quando morresse, voltaria para buscar todos os momentos que não vivera junto ao mar.

Ao longo do tempo, todos os poetas cantaram o mar, o nosso mar, profundamente português, que ora nos traz sustento, trabalho, aventura, alegrias e glória, ora nos esmaga com o sofrimento e a morte. Para os Portugueses, o mar é o prolongamento da terra. Dizia Ruy Belo: “O meu país é o que o mar não quer!”. Definitivamente, o mar serviu de pano de fundo a muitas civilizações grandiosas e enriqueceu a literatura ocidental, logo à partida com a Odisseia, arquétipo de todas as epopeias marítimas.

Infelizmente, nas últimas décadas, os oceanos sofreram agressões profundas que põem em causa a sua biodiversidade e, por consequência, o seu desenvolvimento sustentável. Todos os anos, introduzimos no oceano cerca de oito milhões de toneladas de resíduos plásticos e o excesso de dióxido de carbono acidifica as águas, colaborando na destruição de recifes de corais. Também o aquecimento da atmosfera pode levar à elevação da temperatura média das águas e ao desaparecimento de várias espécies de peixes.

Estas ameaças, e muitas outras, que atingem este imenso ecossistema, levaram as Nações Unidas, em 2017, a declarar A Década da Ciência do Oceano 2021 – 2030. Sob o lema: A ciência que precisamos para o oceano que queremos, o objetivo primordial é mobilizar a comunidade científica, legisladores, empresas e sociedade civil para um programa de pesquisa conjunta e de inovação tecnológica.

O CLIP, como Escola Unesco e Escola Azul, iniciará e dará continuidade a diferentes projetos, dinamizando diversas atividades que terão como pano de fundo o mar/os oceanos que todos queremos conhecer melhor e, sobretudo, cuidar.

Ambicioso, não acham? Mergulhemos, então!

 

                                                                                                           Isabel Sousa

                                                                                                           Coordenadora do Projeto Unesco

 

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15 Abril 2024
CLIP passa às Finais Nacionais do desafio "F1 in Schools"
Após nove anos, o CLIP está de volta ao mais importante desafio de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM) do mundo, o F1 in Schools.   Na última quinta-feira, as equipas Aeroflux (5 estudantes do 11º e 12º anos) e G4 Motorsport (6 estudantes do 10º ano) dirigiram-se às finais regionais do Porto (CATIM - Centro de Apoio Tecnológico à Indústria Metalomecânica) em Penafiel, competindo com outras 17 equipas da área.   O objetivo definido para o dia era garantir um lugar na fase Nacional da competição, que é concedido apenas às três melhores equipas de cada região. Após um dia repleto de emoções intensas e competição renhida, estamos orgulhosos em celebrar que ambas as equipas do CLIP avançarão para a próxima fase do desafio. A equipa G4 Motorsport assegurou o 3º lugar, enquanto a equipa Aeroflux trouxe para casa o 2º lugar, além dos prémios de Melhor Engenharia e Melhor Apresentação Verbal.   As finais nacionais estão agendadas para 3 de julho, com as três melhores equipas garantindo acesso às Finais Mundiais. No ano passado, as Finais Mundiais foram realizadas em Singapura de 10 a 12 de setembro.   O F1 in Schools não é apenas sobre velocidade; é uma jornada emocionante de criatividade, habilidades de engenharia e conhecimento de negócios. Os participantes, geralmente com idades entre 11 e 19 anos, projetam e fabricam carros em miniatura da Formula 1, empurrando os limites da aerodinâmica e da ciência dos materiais. Essas maravilhas em miniatura são então testadas em uma pista de 20 metros, onde cada fração de segundo conta.   Além da pista de corrida, as equipas também devem desenvolver um plano de negócios abrangente, demonstrando suas estratégias de marketing, habilidades de orçamentação e capacidade de aquisição de patrocínios. Este aspecto da competição fomenta o empreendedorismo e a resolução de problemas do mundo real, preparando a próxima geração de líderes para o sucesso em uma economia global em constante evolução.   Com competições regionais e nacionais que antecedem as Finais Mundiais, o F1 in Schools é uma plataforma para jovens talentos brilharem internacionalmente. Os vencedores não apenas conquistam títulos prestigiados, mas também ganham bolsas de estudo, estágios e valiosas conexões na indústria, impulsionando-os para carreiras emocionantes em STEM.